Há 29 anos que um regresso a casa ficou a meio.
Na noite de 8 de Dezembro de 1980, 5 horas depois de um pedido de autógrafo que lhe foi concedido, Mark Chapman alvejou múltiplas vezes o menos alinhado dos Beatles.
Jonh Lennon, o activista, o lírico, o utópico, o músico, o intérprete, o compositor, sucumbiu aos disparos e aos 40 anos reforçava o estatuto de mártir à frente do seu tempo.
Figura controversa no seio da mítica banda de Liverpool, John Lennon era uma espécie de enfant terrible por oposição ao pretty boy que Paul McCartney protagonizava.
E no entanto devem-se a Jonh Lennon alguns dos mais sonantes temas dos Beatles como “You’ve got to hide your love away” ou “All you need is Love”.
Foi também Lennon que disse um dia que os FabFour eram mais populares que Jesus Cristo. A frase valeu-lhe duras críticas e um posterior pedido de desculpas.
Irrequieto e inconformado, foi aderindo mais e mais aos protestos contra a guerra, às manifestações, ao activismo pela paz de que é paradigma o tema que lançou já sem os Beatles “Give Peace a Chance”, tornado hino pelos movimentos pacifistas.
Para esta vertente política e intervencionista terá contribuído em muito a influência de Yoko Ono, a sua segunda mulher, uma artista japonesa que, rezam as crónicas, acelerou em muito a separação da banda, cada vez mais incomodada com a sua presença nas últimas gravações dos Beatles até à separação em 1970.
Dez anos depois, o casal Lennon regressava a casa quando foi surpreendido pelo tresloucado Mark Chapman.
Depois dos disparos, Chapman aguardou calmamente pela polícia a quem pediu desculpas pelo transtorno, quando era conduzido ao carro celular.
O norte americano de Fort Worth, Texas, diria mais tarde que a obra “Uma agulha no palheiro” de J.D. Salinger o havia inspirado a cometer o crime. Chapman dizia identificar-se com o protagonista do livro, um adolescente revoltado que odiava a falsidade.
Disparou 5 tiros, acertando 4 nas costas de Lennon, a quem considerava hipócrita, porque nas suas músicas o ex-Beatle falava de tristeza e pobreza como se disso tivesse tido experiência.
Mark David Chapman está detido numa instituição psiquiátrica depois de condenado a prisão perpétua. Tentou 5 vezes a liberdade condicional, sem êxito. Mais eficaz, mas pelas piores razões, foi a sua sucedida tentativa de entrar na história como o homicida de um dos mais geniais letristas e compositores da história da música.
Texto de Reinaldo Serrano, jornalista da SIC
Na noite de 8 de Dezembro de 1980, 5 horas depois de um pedido de autógrafo que lhe foi concedido, Mark Chapman alvejou múltiplas vezes o menos alinhado dos Beatles.
Jonh Lennon, o activista, o lírico, o utópico, o músico, o intérprete, o compositor, sucumbiu aos disparos e aos 40 anos reforçava o estatuto de mártir à frente do seu tempo.
Figura controversa no seio da mítica banda de Liverpool, John Lennon era uma espécie de enfant terrible por oposição ao pretty boy que Paul McCartney protagonizava.
E no entanto devem-se a Jonh Lennon alguns dos mais sonantes temas dos Beatles como “You’ve got to hide your love away” ou “All you need is Love”.
Foi também Lennon que disse um dia que os FabFour eram mais populares que Jesus Cristo. A frase valeu-lhe duras críticas e um posterior pedido de desculpas.
Irrequieto e inconformado, foi aderindo mais e mais aos protestos contra a guerra, às manifestações, ao activismo pela paz de que é paradigma o tema que lançou já sem os Beatles “Give Peace a Chance”, tornado hino pelos movimentos pacifistas.
Para esta vertente política e intervencionista terá contribuído em muito a influência de Yoko Ono, a sua segunda mulher, uma artista japonesa que, rezam as crónicas, acelerou em muito a separação da banda, cada vez mais incomodada com a sua presença nas últimas gravações dos Beatles até à separação em 1970.
Dez anos depois, o casal Lennon regressava a casa quando foi surpreendido pelo tresloucado Mark Chapman.
Depois dos disparos, Chapman aguardou calmamente pela polícia a quem pediu desculpas pelo transtorno, quando era conduzido ao carro celular.
O norte americano de Fort Worth, Texas, diria mais tarde que a obra “Uma agulha no palheiro” de J.D. Salinger o havia inspirado a cometer o crime. Chapman dizia identificar-se com o protagonista do livro, um adolescente revoltado que odiava a falsidade.
Disparou 5 tiros, acertando 4 nas costas de Lennon, a quem considerava hipócrita, porque nas suas músicas o ex-Beatle falava de tristeza e pobreza como se disso tivesse tido experiência.
Mark David Chapman está detido numa instituição psiquiátrica depois de condenado a prisão perpétua. Tentou 5 vezes a liberdade condicional, sem êxito. Mais eficaz, mas pelas piores razões, foi a sua sucedida tentativa de entrar na história como o homicida de um dos mais geniais letristas e compositores da história da música.
Texto de Reinaldo Serrano, jornalista da SIC
1 comentário:
Sem dúvida que a influência de Yoko Ono na sua vida foi determinante.
Apesar de concordar com algumas das suas opiniões, sempre preferi a serenidade de Paul McCartney.
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