Situação: O fim das férias.
Ano 1978:
Depois de passar 15 dias com a família atrelada numa caravana puxada por um Fiat 600 pela costa de Portugal, terminam as férias.
No dia seguinte vai-se trabalhar.
Ano 2011:
Depois de voltar de Cancún de uma viagem com tudo pago, terminam as férias.
As pessoas sofrem de distúrbios de sono, depressão, seborreia e caganeira e metem uns dias de baixa para recuperarem das férias.
Situação: Chega o dia de mudança de horário de Verão para Inverno.
Ano 1978:
Não se passa nada.
Ano 2011:
As pessoas sofrem de distúrbios de sono, depressão e caganeira.
Situação: O Pedro está a pensar ir até ao monte depois das aulas, assim que entra no colégio mostra uma navalha ao João, com a qual espera poder fazer uma fisga.
Ano 1978:
O director da escola vê, pergunta-lhe onde se vendem, mostra-lhe a sua, que é mais antiga, mas que também é boa.
Ano 2011:
A escola é encerrada, chamam a Polícia Judiciária e levam o Pedro para um reformatório.
A SIC e a TVI apresentam os telejornais desde a porta da escola.
Situação: O Carlos e o Quim trocam uns socos no fim das aulas.
Ano 1978:
Os companheiros animam a luta, o Carlos ganha. Dão as mãos e acabam por ir juntos jogar matrecos.
Ano 2011:
A escola é encerrada. A RTP proclama o mês anti-violência escolar, o Jornal de Notícias faz uma capa inteira dedicada ao tema, e a TVI insiste em colocar um pivôt à porta da escola a apresentar o telejornal, mesmo debaixo de chuva.
Situação: O Jaime não pára quieto nas aulas, interrompe e incomoda os colegas.
Ano 1978:
Mandam o Jaime ir falar com o Director, e este dá-lhe uma bronca de todo o tamanho.
O Jaime volta à aula, senta-se em silêncio e não interrompe mais.
Ano 2011:
Administram ao Jaime umas valentes doses de Ritalin. O Jaime parece um zombie. A escola recebe um apoio financeiro por terem um aluno incapacitado.
Situação: O Luis parte o vidro dum carro do bairro dele. O pai caça um cinto e espeta-lhe umas chicotadas com este.
Ano 1978:
O Luis tem mais cuidado da próxima vez. Cresce normalmente, vai à universidade e converte-se num homem de negócios bem sucedido.
Ano 2011:
Prendem o pai do Luís por maus-tratos a menores. Sem a figura paterna, o Luís junta-se a um gang de rua.
Os psicólogos convencem a sua irmã que o pai abusava dela e metem-no na cadeia para sempre.
A mãe do Luís começa a namorar com o psicólogo.
O programa da Fátima Lopes mantém durante meses o caso em estudo, bem como o Você na TV do Manuel Luís Goucha.
A TVI faz uma novela de 600 episódios baseados no drama da vida real.
Situação: O Zézinho cai enquanto praticava atletismo, arranha um joelho. A sua professora Maria encontra-o sentado na berma da pista a chorar. Maria abraça-o para o consolar.
Ano 1978:
Passado pouco tempo, o Zézinho sente-se melhor e continua a correr.
Ano 2011:
A Maria é acusada de perversão de menores e vai para o desemprego.
Confronta-se com 3 anos de prisão. O Zézinho passa 5 anos de terapia em terapia.
Os seus pais processam a escola por negligência e a Maria por trauma emocional, ganhando ambos os processos. Maria, no desemprego e cheia de dívidas suicida-se atirando-se de um prédio. Ao aterrar, cai em cima de
um carro, mas antes ainda parte com o corpo uma varanda.
O dono do carro e do apartamento processam os familiares da Maria por destruição de propriedade. Ganham.
A SIC e a TVI produzem um filme baseado neste caso e a RTP promove debates e especiais de informação.
Situação: Um menino branco e um menino negro andam à batatada por um ter chamado "chocolate" ao outro.
Ano 1978:
Depois de uns socos esquivos, levantam-se e cada um para sua casa.
Amanhã são colegas e tornam-se grandes amigos.
Ano 2011:
A TVI envia os seus melhores correspondentes.
A SIC prepara uma grande reportagem dessas com investigadores que passaram dias no colégio a averiguar factos.
A RTP emite programas documentários sobre jovens problemáticos e ódio racial.
A juventude Skinhead finge revolucionar-se a respeito disto.
O governo oferece um apartamento à família do miúdo negro.
Situação: Fazias uma asneira na sala de aula.
Ano 1978:
O professor espetava duas valentes lostras bem merecidas.
Ao chegar a casa o teu pai dava-te mais duas porque "alguma deves ter feito".
Ano 2011:
Fazes uma asneira. O professor pede-te desculpa. O teu pai pede-te desculpa e compra-te uma Playstation 3.
(recebido por e-mail)
Ano 1978:
Depois de passar 15 dias com a família atrelada numa caravana puxada por um Fiat 600 pela costa de Portugal, terminam as férias.
No dia seguinte vai-se trabalhar.
Ano 2011:
Depois de voltar de Cancún de uma viagem com tudo pago, terminam as férias.
As pessoas sofrem de distúrbios de sono, depressão, seborreia e caganeira e metem uns dias de baixa para recuperarem das férias.
Situação: Chega o dia de mudança de horário de Verão para Inverno.
Ano 1978:
Não se passa nada.
Ano 2011:
As pessoas sofrem de distúrbios de sono, depressão e caganeira.
Situação: O Pedro está a pensar ir até ao monte depois das aulas, assim que entra no colégio mostra uma navalha ao João, com a qual espera poder fazer uma fisga.
Ano 1978:
O director da escola vê, pergunta-lhe onde se vendem, mostra-lhe a sua, que é mais antiga, mas que também é boa.
Ano 2011:
A escola é encerrada, chamam a Polícia Judiciária e levam o Pedro para um reformatório.
A SIC e a TVI apresentam os telejornais desde a porta da escola.
Situação: O Carlos e o Quim trocam uns socos no fim das aulas.
Ano 1978:
Os companheiros animam a luta, o Carlos ganha. Dão as mãos e acabam por ir juntos jogar matrecos.
Ano 2011:
A escola é encerrada. A RTP proclama o mês anti-violência escolar, o Jornal de Notícias faz uma capa inteira dedicada ao tema, e a TVI insiste em colocar um pivôt à porta da escola a apresentar o telejornal, mesmo debaixo de chuva.
Situação: O Jaime não pára quieto nas aulas, interrompe e incomoda os colegas.
Ano 1978:
Mandam o Jaime ir falar com o Director, e este dá-lhe uma bronca de todo o tamanho.
O Jaime volta à aula, senta-se em silêncio e não interrompe mais.
Ano 2011:
Administram ao Jaime umas valentes doses de Ritalin. O Jaime parece um zombie. A escola recebe um apoio financeiro por terem um aluno incapacitado.
Situação: O Luis parte o vidro dum carro do bairro dele. O pai caça um cinto e espeta-lhe umas chicotadas com este.
Ano 1978:
O Luis tem mais cuidado da próxima vez. Cresce normalmente, vai à universidade e converte-se num homem de negócios bem sucedido.
Ano 2011:
Prendem o pai do Luís por maus-tratos a menores. Sem a figura paterna, o Luís junta-se a um gang de rua.
Os psicólogos convencem a sua irmã que o pai abusava dela e metem-no na cadeia para sempre.
A mãe do Luís começa a namorar com o psicólogo.
O programa da Fátima Lopes mantém durante meses o caso em estudo, bem como o Você na TV do Manuel Luís Goucha.
A TVI faz uma novela de 600 episódios baseados no drama da vida real.
Situação: O Zézinho cai enquanto praticava atletismo, arranha um joelho. A sua professora Maria encontra-o sentado na berma da pista a chorar. Maria abraça-o para o consolar.
Ano 1978:
Passado pouco tempo, o Zézinho sente-se melhor e continua a correr.
Ano 2011:
A Maria é acusada de perversão de menores e vai para o desemprego.
Confronta-se com 3 anos de prisão. O Zézinho passa 5 anos de terapia em terapia.
Os seus pais processam a escola por negligência e a Maria por trauma emocional, ganhando ambos os processos. Maria, no desemprego e cheia de dívidas suicida-se atirando-se de um prédio. Ao aterrar, cai em cima de
um carro, mas antes ainda parte com o corpo uma varanda.
O dono do carro e do apartamento processam os familiares da Maria por destruição de propriedade. Ganham.
A SIC e a TVI produzem um filme baseado neste caso e a RTP promove debates e especiais de informação.
Situação: Um menino branco e um menino negro andam à batatada por um ter chamado "chocolate" ao outro.
Ano 1978:
Depois de uns socos esquivos, levantam-se e cada um para sua casa.
Amanhã são colegas e tornam-se grandes amigos.
Ano 2011:
A TVI envia os seus melhores correspondentes.
A SIC prepara uma grande reportagem dessas com investigadores que passaram dias no colégio a averiguar factos.
A RTP emite programas documentários sobre jovens problemáticos e ódio racial.
A juventude Skinhead finge revolucionar-se a respeito disto.
O governo oferece um apartamento à família do miúdo negro.
Situação: Fazias uma asneira na sala de aula.
Ano 1978:
O professor espetava duas valentes lostras bem merecidas.
Ao chegar a casa o teu pai dava-te mais duas porque "alguma deves ter feito".
Ano 2011:
Fazes uma asneira. O professor pede-te desculpa. O teu pai pede-te desculpa e compra-te uma Playstation 3.
(recebido por e-mail)
11 comentários:
Eu recebi este mail e achei-o estupendo.
Agora chamem-me conservador ou saudosista, ou mesmo retrógrado; não me chateia nada.
Há coisas que a vida moderna alterou para muito melhor (quase tudo...); mas há outros aspectos em que a vida está muito mais complicada.
Eu voltar a ser professor? NUNCA!
Não podia corresponder mais á verdade! Dramas, sensasionalismo, especulações e mais umas coisas pré-fabricas importadas muitos com o selo Made in USA
Excelente comparação, fiquei sem saber se devia rir ou chorar :)
Abraço
João, a vida dos professores hoje em dia é um inferno e admiro o trabalho deles, tanta vez inglório.
Desde que deram força aos alunos, o professor deixou de ser visto pelos alunos como o "senhor professor", como era no meu tempo.
Há dias, uma amiga minha que é professora, contava-me que teve que pedir para chamarem a policia à escola porque umas quantas mães lhe foram pedir satisfações à porta da escola, sobre determinadas questões. As mesmas mães que nas reuniões de pais não põem lá os pés.
José, temos que rir. Que havemos de fazer senão assistir a tão degradante espectáculo?!
É caso para dizer, o que um político disse há tempos em relação a outro assunto: Se não fosse grave, era ridículo.
Estranho não me estranhar nada!
Muitos ficam chocados quando digo isto, mas acho que uma lambada por vezes não faz mal nenhum. Eu apanhei algumas, e não me fizeram mal nenhum.
Mike, agora vamos ter de ir ao psicólogo porque ficámos perturbados com as memórias do passado! LOL
Myke, isto é tão estranhamente real que já nem nos afecta.
Coelho, eu ainda sou do tempo que a reguada, o puxão de orelhas, o calduço e outros "açoites" eram tidos como normais, surtiam o seu efeito e ninguém morria.
BlogLiker, od "putos" de agora devem logo entrar em depressão se leram como eram as coisas no antigamente.
Isto é tão verdade!
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