30 de novembro de 2009
IKEA – Enlouqueça você mesmo
Não digo que os móveis do IKEA não sejam baratos. O que digo é que não são móveis. Na altura em que os compramos, são um puzzle. A questão, portanto, é saber se o IKEA vende móveis baratos ou puzzles caros.
Os problemas dos clientes do IKEA começam no nome da loja. Diz-se «Iqueia» ou «I quê à»? E é «o» IKEA ou «a» IKEA»? São ambiguidades que me deixam indisposto. Não saber a pronúncia correcta do nome da loja em que me encontro inquieta-me. E desconhecer o género a que pertence gera em mim uma insegurança que me inferioriza perante os funcionários. Receio que eles percebam, pelo meu comportamento, que julgo estar no «I quê à», quando, para eles, é evidente que estou na «Iqueia».
As dificuldades, porém, não são apenas semânticas mas também conceptuais. Toda a gente está convencida de que o IKEA vende móveis baratos, o que não é exactamente verdadeiro. O IKEA vende pilhas de tábuas e molhos de parafusos que, se tudo correr bem e Deus ajudar, depois de algum esforço hão-de transformar-se em móveis baratos. É uma espécie de Lego para adultos. Não digo que os móveis do IKEA não sejam baratos. O que digo é que não são móveis. Na altura em que os compramos, são um puzzle. A questão, portanto, é saber se o IKEA vende móveis baratos ou puzzles caros. Há dias, comprei no IKEA um móvel chamado Besta. Achei que combinava bem com a minha personalidade. Todo o material de que eu precisava e que tinha de levar até à caixa de pagamento pesava seiscentos quilos. Percebi melhor o nome do móvel. É preciso vir ao IKEA com uma besta de carga para carregar a tralha toda até à registadora. Este é um dos meus conselhos aos clientes do IKEA: não vá para lá sem duas ou três mulas. Eu alombei com a meia tonelada. O que poupei nos móveis, gastei no ortopedista. Neste momento, tenho doze estantes e três hérnias.
É claro que há aspectos positivos: as tábuas já vêm cortadas, o que é melhor do que nada. O IKEA não obriga os clientes a irem para a floresta cortar as árvores, embora por vezes se sinta que não faltará muito para que isso aconteça. Num futuro próximo, é possível que, ao comprar um móvel, o cliente receba um machado, um serrote e um mapa de determinado bosque na Suécia onde o IKEA tem dois ou três carvalhos debaixo de olho que considera terem potencial para se transformarem numa mesa-de-cabeceira engraçada.
Por outro lado, há problemas de solução difícil. Os móveis que comprei chegaram a casa em duas vezes. A equipa que trouxe a primeira parte já não estava lá para montar a segunda, e a equipa que trouxe a segunda recusou-se a mexer no trabalho que tinha sido iniciado pela primeira. Resultado: o cliente pagou dois transportes e duas montagens e ficou com um móvel incompleto. Se fosse um cliente qualquer, eu não me importaria. Mas como sou eu, aborrece--me um bocadinho. Numa loja que vende tudo às peças (que, por acaso, até encaixam bem umas nas outras) acaba por ser irónico que o serviço de transporte não encaixe bem no serviço de montagem. Idiossincrasias do comércio moderno.
Que fazer, então? Cada cliente terá o seu modo de reagir. O meu é este: para a próxima, pago com um cheque todo cortado aos bocadinhos e junto um rolo de fita gomada e um livro de instruções. Entrego metade dos confetti num dia e a outra metade no outro.
E os suecos que montem tudo, se quiserem receber.
29 de novembro de 2009
Banco Alimentar
Fiquei espantado e comove assistir à quantidade de mantimentos que vão chegando e de quão as pessoas podem ser generosas, que o são, apesar dos tempos que correm e da apregoada crise.
Muitas serão generosas porque o são sempre, outras apenas porque sim e concerteza muitas que o são pensado que um dia podem ser elas a precisar.
Estou cansado, de toneladas de mantimentos e de 10 horas em pé e a carregar com caixas. Foi cansativo, mas sinto-me bem... vá lá saber-se bem porquê.
28 de novembro de 2009
27 de novembro de 2009
Alentejanos nos States
O Presidente dos Estados Unidos da América, Barak Obama, ouviu tanto falar dos alentejanos, que decidiu convidar um grupo deles para visitarem os Estados Unidos. Mandou o Air Force One buscá-los ao Alentejo e prepararam uma grande recepção no hangar presidencial, onde colocaram um grande palanque, com banda, passadeira e cartazes de boas-vindas.
Ao chegar o avião, a banda começa a tocar, os coros a cantar, abre-se a porta do avião, assoma-se a hospedeira e... nada, dos convidado... nada.
O presidente, descontrolado porque eles não descem, manda o seu secretário investigar.
O secretário regressa, fala com o presidente e diz-lhe:
- Senhor, os alentejanos não querem descer porque têm medo do Well...
O presidente não percebe nada e diz-lhe:
- Mas... quem é o Well?
Regressa o secretário ao avião e diz ao alentejano:
- O Presidente pergunta quem é o Well?
E o alentejano diz-lhe:
- Nós também não sabemos! Mas ali, naquele cartaz diz:
"WELL COME ALENTEJANOS"
:-)
26 de novembro de 2009
The Muppets: Bohemian Rhapsody
Is this the real life?
Is this just fantasy?
Caught in a landslide
No escape from reality
Open your eyes
Look up to the skies and see(...)
National Geographic's International Photography Contest 2009
25 de novembro de 2009
24 de novembro de 2009
O factor Vara
[...]
Toda a "carreira", se assim lhe podemos chamar, de Armando Vara, é uma história que, quando não possa ser explicada pelo mérito (o que, aparentemente, é regra), tem de ser levada à conta da sorte. Uma sorte extraordinária. Teve a sorte de, ainda bem novo, ter sentido uma irresistível vocação de militante socialista, que para sempre lhe mudaria o destino traçado de humilde empregado bancário da CGD lá na terra. Teve o mérito de ter dedicado vinte anos da sua vida ao exaltante trabalho político no PS, cimentando um currículo de que, todavia, a nação não conhece, em tantos anos de deputado ou dirigente político, acto, ideia ou obra que fique na memória. Culminou tão profícua carreira com o prestigiado cargo de ministro da Administração Interna - em cuja pasta congeminou a genial ideia de transformar as directorias e as próprias funções do Ministério em Fundações, de direito privado e dinheiros públicos. Um ovo de Colombo que, como seria fácil de prever, conduziria à multiplicação de despesa e de "tachos" a distribuir pela "gente de bem" do costume. Injustamente, a ideia causou escândalo público, motivou a irritação de Jorge Sampaio e forçou Guterres a dispensar os seus dedicados serviços. E assim acabou - "voluntariamente", como diz o próprio - a sua fase de dedicação à causa pública. Emergiu, vinte anos depois, no seu guardado lugar de funcionário da CGD, mas agora promovido por antiguidade ao lugar de director, com a misteriosa pasta da "segurança". E assim se manteve um par de anos, até aparecer também subitamente licenciado em Relações Qualquer Coisa por uma também súbita Universidade, entretanto fechada por ostensiva fraude académica. Poucos dias após a obtenção do "canudo", o agora dr. Armado Vara viu-se promovido - por mérito, certamente, e por nomeação política, inevitavelmente - ao lugar de administrador da CGD: assim nasceu um banqueiro. Mas a sua sorte não acabou aí: ainda não tinha aquecido o lugar no banco público, e rebentava a barraca do BCP, proporcionando ao Governo socialista a extraordinária oportunidade de domesticar o maior banco privado do país, sem sequer ter de o nacionalizar, limitando-se a nomear os seus escolhidos para a administração, em lugar dos desacreditados administradores de "sucesso". A escolha caiu em Santos Ferreira, presidente da CGD, que para lá levou dois homens de confiança sua, entre os quais o sortudo dr. Vara. E, para que o PSD acalmasse a sua fúria, Sócrates deu-lhes a presidência da CGD e assim a meteórica ascensão do dr. Vara na banca nacional acabou por ser assumida com um sorriso e um tom "leve".
Podia ter acabado aí a sorte do homem, mas não. E, desta vez, sem que ele tenha sido tido ou achado, por pura sorte, descobriu-se que, mesmo depois de ter saído da CGD, conseguiu ser promovido ao escalão máximo de vencimento, no qual vencerá a sua tão merecida reforma, a seu tempo. Porque, como explicou fonte da "instituição" ao jornal "Público", é prática comum do "grupo" promover todos os seus administradores-quadros ao escalão máximo quando deixam de lá trabalhar. Fico feliz por saber que o banco público, onde os contribuintes injectaram nos últimos seis meses mil milhões de euros para, entre outros coisas, cobrir os riscos do dinheiro emprestado ao sr. comendador Berardo para ele lançar um raide sobre o BCP, onde se pratica actualmente o maior spread no crédito à habitação, tem uma política tão generosa de recompensa aos seus administradores - mesmo que por lá não tenham passado mais do que um par de anos. Ah, se todas as empresas, públicas e privadas, fossem assim, isto seria verdadeiramente o paraíso dos trabalhadores!
Eu bem tento sorrir apenas e encarar estas coisas de forma leve. Mas o 'factor Vara' deixa-me vagamente deprimido. Penso em tantos e tantos jovens com carreiras académicas de mérito e esforço, cujos pais se mataram a trabalhar para lhes pagar estudos e que hoje concorrem a lugares de carteiros nos CTT ou de vendedores porta a porta e, não sei porquê, sinto-me deprimido. Este país não é para todos.
P.S. - Para que as coisas fiquem claras, informo que o sr. (ou dr.) Armando Vara tem a correr contra mim uma acção cível em que me pede 250.000 euros de indemnização por "ofensas ao seu bom nome". Porque, algures, eu disse o seguinte: "Quando entra em cena Armando Vara, fico logo desconfiado por princípio, porque há muitas coisas no passado político dele de que sou altamente crítico". Aparentemente, o queixoso pensa que por "passado político" eu quis insinuar outras coisas, que a sua consciência ou o seu invocado "bom nome" lhe sugerem. Eu sei que o Código Civil diz que todos têm direito ao bom nome e que o bom nome se presume. Mas eu cá continuo a acreditar noutros valores: o bom nome, para mim, não se presume, não se apregoa, não se compra, nem se fabrica em série - ou se tem ou não se tem. O tribunal dirá, mas, até lá e mesmo depois disso, não estou cativo do "bom nome" do sr. Armando Vara. Era o que faltava!
23 de novembro de 2009
ÚLTIMA HORA: Cavalos Lusitanos encalham nos Açores
O navio tem SÓ 360 toneladas de fuelóleo nos porões e as autoridades não descartam a possibilidade de um derrame que, a acontecer, vai provocar grandes estragos a nível ambiental.
Mas ontem…. ( e hoje continuou) a principal preocupação das televisões era... os 7 cavalos lusitanos??!!! WTF!!!
Queremos lá saber dos 14 tripulantes ou dos danos ambientais que o fuelóleo pode causar em caso de derrame.
O que interessa mesmo são os pobres dos cavalos (puros lusitanos) que estão retidos no navio e impossibilitados de participar numa prova em Portugal Continental.
É mesmo o que as televisões querem, um fait diver para intervalar dos outros fait diver dos tribunais e da assembleia.
Ontem a SIC alugou um bote para chegar mais perto do navio para “entrevistar” alguns dos tripulantes (os cavalos não quiseram falar).
A TVI conseguiu em exclusivo ( Claro! Mas haverá alguma coisa que naquela televisão não seja exclusivo?!) uma entrevista com o dono dos cavalos e outra com o presidente do clube hípico dos Açores. Ainda entrevistou (sempre em exclusivo) uma das pessoas que ia montar um dos cavalos e acho que ainda alguém que conhece os cavalos desde pequeninos e por isso se sente muito angustiada e que preferiu não dar a cara e falar com a voz distorcida.
A RTP além do enviado especial, já fez um especial “Cavalos” no site, com vídeos de hora a hora sobre as condições dos cavalos e abriu uma página no twitter, para acompanhar a situação.
Falta agora assistir à operação de salvamento dos cavalos. Sim, porque ninguém se interessa por uma operação de trasfega de combustível, ou até mesmo da retirada dos tripulantes.
E vai ser outro show televisivo: a TVI vai já preparar um especial de julgamento público para saber de quem é a culpa. (Ao que parece a Moura Guedes vai moderar o programa)
A SIC vai ter o Moita Flores e possivelmente o Nuno Sabe Tudo Rogeiro.
A RTP anda a ver como meter o Marcelo e o Vitorino a comentar isto tudo, já para não falar que ainda tentam arranjar uma maneira de meter um cameraman em cima de uma steady cam (como na noite eleitoral).
Haverá ainda os programas da tarde e da manhã intercalados com directos do local.
Ao contrário do navio, Portugal anda à deriva. No caso da comunicação social, anda ao sabor do vento e fazem-se novelas em vez de telejornais, que supostamente deviam informar e esclarecer.
Como diria o amigo Félix: PLAMORDEDEUS!!!!!
UPDATE: Cavalos retirados "com sucesso" de navio encalhado nos Açores.
A retirada dos sete animais, entre os quais um vice-campeão nacional, ficou concluída cerca das 16:50 (17:50 em Lisboa), tendo decorrido sem problemas. (Lusa)
Ufa!!! Já estou mais descansado. Quer pelos 6 simples cavalos lusitanos, quer pelo vice-campeão nacional.
22 de novembro de 2009
Covers
Este fim de semana foi o que me aconteceu. Comecei a ouvir este moço que dá pelo nome de Gary Go e de repente eis que se fez luz: ...gonna be ok, Da-doo-du-um-m.
Aqui podem ouvir o original: Lady Gaga - Just Dance
Entretanto descobri também uma versão bem diferente da música Don't Stop the Music, da Rihanna. Não tenho nada contra a rapariga mas a versão do Jamie Cullum ficou substancialmente melhor.
Ora vejam.
21 de novembro de 2009
Amor & Sexo
Sexo sem amor... é vontade.
(da música amor e sexo de Rita Lee)
20 de novembro de 2009
19 de novembro de 2009
CSI Las Vegas 10ª Temporada
Para os apreciadores de CSI, onde me incluo, a versão Las Vegas será sempre a melhor e a mais original de todas e onde está a verdadeira essência do CSI.
(Apesar de gostar muito do CSY NY, ainda lhe falta ali quelque chose para igualar.)
Na 10ª temporada do CSI Las Vegas, sem Grissom e sem Warrick, vão aparecer novas caras e vão regressar outras.
Esta é a sequência de abertura da 10º temporada. Num ambiente estilo "Matrix", (tecnicamente chama-se bullet-time, esta cena de cerca de 2 minutos de duração é, segundo consta, a cena mais cara alguma vez filmada para televisão; custou 400 mil dólares (cerca de 268 mil euros).
E agora a cena em tempo real.
18 de novembro de 2009
O culto da homossexualidade em Zézé Camarinha
Zézé Camarinha não é ainda um homo sapiens sapiens
Acaba de ser publicado, com a prestigiada chancela da D. Quixote, um texto que poderá vir a tornar-se histórico no nosso panorama literário.
Intitula-se Zezé Camarinha, o último macho man português, e não tem, mas devia ter, o alto patrocínio da ILGA, porquanto opera o pequeno milagre de fazer a apologia da homossexualidade de um modo que é comovente sem ser panfletário. Camarinha, é curioso notá-lo, não seria capaz de panfletarismo, seja porque a sua personalidade é do tipo dócil, seja porque desconhece o significado da palavra "panfletário" - tal como de qualquer palavra com mais de três sílabas, e a esmagadora maioria das que têm mais que uma.
O primeiro aspecto a salientar é que a obra é inclassificável. Uso aqui "inclassificável" não no sentido de ser difícil de catalogar em algum dos géneros literários habituais (conto, romance, biografia), mas sim no sentido que lhe dá a frase "Eh pá, ele assaltou a velhota? Esse tipo é inclassificável." Em segundo lugar, importa referir que o próprio autor não se enquadra no perfil tradicional de "autor", na medida em que, ao contrário da maioria dos autores, Camarinha não é ainda um homo sapiens sapiens, nem aparenta poder vir a sê-lo, mesmo na hipótese académica de viver até aos 400 anos.
E, no entanto, o livro é um monumento de ironia. Percebo que um leitor menos sofisticado possa não detectar, em Zezé Camarinha, o último macho man português, o subtil elogio da homossexualidade, mas o certo é que todos os sinais estão lá, à espera de serem colhidos e interpretados por um crítico competente e arguto. Felizmente, é o meu caso. A dedicatória, que é todo um programa, diz: "To all the darlings", e aparece assinada "Josef of the moustache from Praia da Rocha". Sei que a simples referência ao bigode, por muito que este seja um elemento essencial da cultura gay, não é suficiente para definir a personalidade do autor, mas é um primeiro indício a ter em conta. Outro, mais significativo, é a firme publicitação que o narrador faz da sua heterossexualidade, que é frequente a ponto de se tornar suspeita:
"Gosto e vou gostar sempre de mulheres" (pág. 11); "[Sobre os filhos:] Vão saber que o pai deles sempre foi louco por mulheres" (pág. 12); "(...) os jovens de hoje já não gostam tanto de mulheres como eu" (pág. 12); "(...) eu adoro mulheres loiras" (pág. 14), etc. E ainda quase não saímos do prefácio.
A tensão entre o elogio da masculinidade (um elemento central da cultura gay) e de uma certa exuberância heterossexual, por um lado, e a sugestão da homossexualidade, por outro, é sustentada magistralmente ao longo de todo o livro. Um dos pontos em que essa tensão se torna mais evidente é o episódio em que Camarinha observa um casal a fazer amor numa varanda: "Confesso que me começaram a dar os calores e que já me estava a ver lá em cima, com eles na janela. Era mais com ela mas se o totó quisesse estar a olhar, a mim não me importava nada!" (pág. 76). Repare-se como tudo neste excerto é exemplar da contradição macho/gay: primeiro, a expressão "começaram a dar-me os calores", mais apropriada para uma senhora de meia idade na menopausa do que para um garanhão; segundo, aquele "era mais com ela", e a sua maravilhosa ambiguidade (era só com ela que o narrador queria estar? Não. Era mais com elas); terceiro, o entusiasmo perante a hipótese de ser observado por outro homem. Esta ambição reforça uma confissão anterior, também muito expressiva:
"Sempre adorei mulheres, desde muito catraio, mas aquilo de que eu mais gostava era de as exibir." (pág. 13). A conquista de mulheres como forma de atingir e impressionar homens: eis aqui um bom resumo deste magnífico volume, todo contido naquela belíssima adversativa ("mas aquilo de que eu mais gostava").
Também interessante é o modo como Camarinha descreve o seu relacionamento actual com "uma inglesa casada (...) mas cujo marido sofre de Alzeihmer (sic)". Diz ele: "Quando a conheci metia qualquer menina de 20 num chinelo.
Agora já não está tão bonita mas eu, honestamente, gosto muito dela como pessoa." Qualquer homem sabe que gostar de uma mulher como pessoa é coisa de larilas. Uma ideia que não esmorece quando Camarinha informa: "Ela tem muito dinheiro e não tem herdeiros, pois o marido está mesmo em fase terminal. Em princípio, vai ser tudo para mim mas eu nunca pedi nada! (...) Gosto muito da minha senhora e ela de mim. Por isso tem o testamento feito e sei que vai estar tudo em meu nome quando ela se for." Camarinha pretende levar-nos a crer que o seu interesse na senhora é outro mas, depois de ter reconhecido, num assomo de honestidade (como é precioso aquele "honestamente"!...) que gosta dela "como pessoa", dificilmente alguém se deixa convencer. Um livro a todos os títulos comovente.
Este texto, publicado a 2 de Julho de 2009 na revista Visão, na coluna de Ricardo Araújo Pereira "Boca do Inferno", foi um dos contributos dado pelo humorista para ter sido um dos distinguidos deste ano com o prémio Arco Iris, da associação ILGA.
A associação reconheceu o trabalho de Ricardo Araújo Pereira por ter contribuido de forma significativa para a luta contra a discriminação com base na orientação sexual e na identidade de género ao longo do ano.
Outro contributo foi no programa "Zé Carlos", onde foram propostos "nomes alternativos" para o casamento homossexual.
Para verem o sketch cliquem aqui.
17 de novembro de 2009
Ânimo
E quando Cavaco Silva fala pode ser de uma de, pelo menos, 3 maneiras: ou são aquelas declarações ao país do tipo "o que é que ele está para ali a dizer", ou são declarações à comunicação social a dizer "que o momento não é o momento para fazer declarações à comunicação social", ou ainda, declarações, como a de hoje, do tipo "o que é que ele acabou de dizer".
Começo a temer que as declarações do PR possam ter algum efeito borboleta. Sabem... o bater das asas de uma borboleta pode provocar um terramoto do outro lado do mundo.
E se uma borboleta consegue isso....nem quero pensar o que as declarações do PR farão.
Hoje, Vossa Excelência Senhor Presidente da República Professor Aníbal Cavaco Silva, falou e disse:
Pensamento do Dia
Ele fugia com medo da feroz predadora, mas a cobra não desistia.
Um dia, já sem forças, o pirilampo parou e disse à cobra:
- Posso fazer três perguntas?
- Podes. Não costumo abrir esse tipo de precedente, mas já que te vou comer... podes perguntar.
- Pertenço à tua cadeia alimentar?
- Não.
- Fiz-te alguma coisa?
- Não.
- Então porque é que me queres comer?
- PORQUE NÃO SUPORTO VER-TE BRILHAR!!!
E é assim....
Diariamente, fartamo-nos de tropeçar em cobras!
16 de novembro de 2009
A Terra
À distância, não se imaginaria que tivesse vida. Esta surgiu no mar, há cerca de 4 mil milhões de anos, na forma de seres unicelulares. Numa explosão de vida ao longo de milhões de anos, esses primeiros organismos começaram a multiplicar-se. Até terem parado.
Há 440 milhões de anos, uma extinção em massa acabaria com quase todas as espécies do planeta, deixando os vastos oceanos dizimados e vazios.
Lentamente, desenvolveram-se as plantas, depois os insectos, para voltarem a desaparecer numa segunda extinção massiva da Terra.
Este ciclo repetir-se-ia vezes em conta.
Os répteis que trocavam o mar pela terra firme acabavam por morrer, e os dinossáurios lutavam pela sua sobrevivência, juntamente com as primeiras aves, peixes e plantas com flor. Foram a 4ª e 5ª extinção massiva ocorrida na Terra.
Apenas há 100 mil anos surgiu o Homo Sapiens – o Homem. Desde as pinturas rupestres à Bíblia, a Colombo e à Apollo 11, temos constituído uma poderosa força na Terra e fora dela, catalogando o mundo natural que se nos revela, até alcançarmos uma população de mais de 5 mil milhões de seres, todos descendentes daquela célula original, a primeira centelha de vida.
Mas, por muitos conhecimentos que tenhamos, o que ninguém sabe de certeza é o que, ou quem terá ateado essa primeira centelha. Existirá algum plano, ou razão para a nossa existência? Cairemos, como os que nos antecederam, no esquecimento, numa 6ª extinção que os cientistas dizem já se encontrar em curso? Ou ser-nos-á esse mistério revelado através de algum sinal, de algum símbolo, de uma revelação?
No início foi o Big Bang, uma explosão que se continuou a expandir para fora, um cosmos nascido de matéria e gás. Matéria e gás. Há dez mil milhões de anos.
De quem terá sido a idéia? Quem terá tido a audácia de tal invenção? E por que razão ?
Nós já fazíamos parte desse plano de há 10 mil milhões de anos?
Será que nascemos apenas para virmos a morrer ? Para crescermos e nos multiplicarmos na Terra, antes de darmos lugar a outras gerações?
Se existiu um princípio, terá de existir um fim?
Seremos fogo enquanto vivermos, para, depois, nos extinguirmos, rendendo-nos às eternas exigências dos elementos? Matéria e gás.
Terminará isso algum dia, em que a vida não mais originará vida? E em que a Terra ficará estéril, como as estrelas, como o cosmos?
A mesma mão que nos acendeu a chama permitirá que ela se apague ?
Viremos, também nós, a extinguir-nos? Ou, se este fogo da vida que temos em nós for para continuar aceso, quem é que decide? Quem é que toma conta da chama? E poderá reacender a centelha quando ela esfria e enfraquece?
[Foi assim, com este texto, que Danna Scully (agente do FBI e companheira de Fox Mulder) terminou 9 temporadas de Ficheiros Secretos, há alguns anitos atrás.]
15 de novembro de 2009
Fame... I'm gonna live forever!
Em 1980 era assim. Conseguem descobrir as diferenças?! :-)
14 de novembro de 2009
Curso de masturbação causa polémica em Espanha
As aulas têm como alvo jovens dos 14 aos 17 anos e estão a incediar os ânimos entre pais e educadores, apesar de serem facultativas e de pretenderem apenas, segundo os responsáveis, ajudar os adolescentes a encarar a sexualidade de forma natural.
Do programa das aulas fazem parte matérias sobre anatomia e fisiologia sexual masculina e feminina, mas também técnicas de masturbação e uso de objectos eróticos.
A secretária de Juventude da Extremadura, Laura Garrido, defende que o novo curso "não deveria escandalizar a ninguém, principalmente porque todos nós fomos adolescentes algum dia e todos nós temos sexualidade" e sublinha que a masturbação é apenas um dos aspectos do curso.
"O programa tem muitos mais aspectos, como hábitos saudáveis, auto-estima, afectividade, identidade de género, doenças de transmissão sexual... e esperamos derrubar muitos mitos negativos sobre a masturbação, claro", explica a responsável, à BBC.
Mas os esclarecimentos não satisfazem, por exemplo, a Associação de Pais Católicos da Extremadura, que formou um grupo de protesto que ameaça levar o governo regional aos tribunais.
in Visão Online, Sexta-feira, 13 de Nov de 2009
13 de novembro de 2009
Cada lugar teu
Não sendo um especial admirador de Mafalda Veiga, hoje dei por mim com a lágrima ao canto do olho a ouvir esta música no rádio do carro, quando regressava a casa do trabalho.
Encostei o carro, levantei o som e pude então constatar que se trata de uma excelente interpretação e música, com uma letra bastante bonita e com sentimento.
Não sei se será do cansaço de uma semana para esquecer, ou se estou a ficar mais lamejas com a idade, ou se será apenas do tempo que está a ficar mais fresco... Mas que raio... parado na berma de estrada, numa sexta-feira ao fim do dia e a lagrimejar com a Mafalda Veiga??!!
12 de novembro de 2009
Malandragem
Cássia Eller, uma extraordinária cantora brasileira, e que interpreta aqui uma música e letra de outro grande cantor e compositor brasileiro, Cazuza, ambos já falecidos.
Sou...
nem o que digo,
nem o que faça, nem o que siga...
...Sou quem anda e não se muda,
sou quem cala e sempre grita
sem sossego;
sou quem vive em morte cruda
sou quem arde e não se muda
com o fogo.
Sou quem corre e está preso,
sou quem voa e não se afasta
do amor;
sou quem prazer tem por pena
sou quem pena e não se queixa
dessa dor...”
excerto da peça Don Duardos, de Gil Vicente
11 de novembro de 2009
New York, I Love You
...everyone has their own LOVE STORY.
Uma história de amor, feita de vários contos de amor, sendo cada um deles apresentado por um realizador diferente e interpretados por grandes actores.
Como "actriz" principal está a cidade de Nova Iorque....aquela que nunca dorme.
Um filme a NÃO perder!!!
P.S.1 - Por todas as razões e mais uma...este post vai para o F3lixP. :-)
P.S.2 - Pinguim...também pode ser para ti. Tens é que mudar o nome da cidade. :-)
10 de novembro de 2009
Duas palavras: ME-DO
No meu surf na net, encontrei este blog que agora partilho; Um blog dedicado às fotos de família mais "estranhas".
E se em algumas fotos surgem famílias perfeitamente normais, mas com fotos infelizes, outras há em que as pessoas são...digamos....não são muito abonadas de beleza, tornando a foto ainda mais estranha.
O "lema" do blog diz tudo: "Spreading the Awkwardness".
Em baixo deixo alguns modelitos dos muitos que podem encontrar aqui.
(clicar na foto para ampliar)
9 de novembro de 2009
8 de novembro de 2009
Alto Alentejo no NY Times
Foto NY Times
É assim que o New York Times inicia um slideshow com várias fotografias do Alto Alentejo e que acompanham o artigo que percorre a gastronomia, o alojamento, a cultura, o património e outros aspectos deste cantinho de Portugal.
Foto NY Times
Por aqui mais perto, destaque para Marvão, Castelo de Vide, Flor da Rosa (Crato) e Alter do Chão.
Foto NY Times
6 de novembro de 2009
Notícia perturbadora
Júlia Pinheiro com prioridade para receber vacina contra a gripe A
Júlia Pinheiro vai tomar a vacina contra a gripe A. A apresentadora da TVI – que actualmente está na direcção de formatação de conteúdos – faz parte da lista dos funcionários considerados “insubstituíveis e indispensáveis” pela empresa e, como tal, será imunizada contra o vírus H1N1. Desta forma, Júlia Pinheiro terá o mesmo “privilégio” que, por exemplo, o Presidente da República, o Primeiro-ministro e os restantes órgãos de soberania.
A cara d’ “As Tardes da Júlia” disse esta semana, à revista “Lux”, que provavelmente será vacinada e que está pronta para receber a vacina.
A TVI ainda não confirmou oficialmente se a apresentadora consta da lista, mas o gabinete de imprensa admitiu à SÁBADO que é provável que isso aconteça. “Ela apresenta actualmente dois programas de televisão e tem um cargo na direcção”, justificou fonte do gabinete.
À revista “Lux”, Júlia Pinheiro disse não achar perverso que jornalistas e deputados sejam vacinados à frente de outros grupos. “Cada um tem, na escala daquilo que é a sua utilidade pública e social, a sua valência e a sua importância. Existem inúmeros serviços que são absolutamente indispensáveis para que o País continue a funcionar com normalidade. E nós fazemos parte dessa cadeia”, afirmou.
Fonte oficial do Ministério da Saúde disse à SÁBADO que não tem de se pronunciar sobre esta questão, “porque cabe à empresa fazer essa escolha”. Às empresas, bem como a todos os órgãos de soberania, foi dada liberdade total para definirem os funcionários considerados “indispensáveis” ao seu funcionamento, explicou. As listas entregues à Direcção Geral de Saúde pelas empresas não são nominais. “Ou seja, apenas constará o número de pessoas que a empresa pretende que sejam vacinadas”, explicou fonte do ministério.
Notícia in Sábado
5 de novembro de 2009
Dúvidas...
- A masturbação é homicídio prematuro ou premeditado?
- E o sexo oral? Será canibalismo?
- Poderemos considerar o coito interrompido como abandono de menor?
- E o que dizer do preservativo? Por acaso será homicídio por asfixia?
3 de novembro de 2009
Gestão de Stress
2 de novembro de 2009
I got a Feeling
Para iniciar este projecto da melhor forma, nada como uma dose de energia bem positiva.
Votos de boa semana.
1 de novembro de 2009
Post Zer0
Iniciam-se hoje as emissões regulares deste blog - o meu blog pessoal.
"Arrastado" para o mundo da blogosfera pelos blogueiros TongZhi e Pinguim, desde há muito que (lhes) "prometia" um blog pessoal. Ele cá está.
Embora já ande por aqui há algum tempo, apenas como leitor e comentador, a necessidade de ter um espaço do género falou mais alto. Um espaço onde pudesse partilhar com outros as minhas idéias, as minhas fotos, as músicas de que gosto, as peças de teatro ou filmes que aprecio, mandar as minhas "bojardas" e piadas ou simplesmente partilhar o que de melhor e pior se vê pelo mundo através da internet.
Se houve coisa que me demorou algum tempo, foi a escolha do nome.
Whatever, será por ventura a expressão estrangeira (é Bem falar estrangeiro) que mais uso no meu dia-a-dia. (Facilita imenso e serve para muita coisa)
Não fossem as restrições na escolha do nome por parte dos senhores do Blogger e seria esse o nome.
Mas num serão de conversa com o "sinestésico" F3lixP (ele disse que tinha que falar dele) sobre o facto de eu querer criar um blog, acabou por ser ele a baptizá-lo. E com direito a banda sonora e tudo.
Sejam bem vindos ao meu blog. Espero poder contar com a vossa visita e participação.